Em 2017, mais de 1,2 mil pessoas foram autuadas por 'gatos' na rede elétrica

Foto: RGE Sul (Divulgação)

Foi divulgado, nesta sexta-feira, o relatório de inspeções realizadas na rede de energia elétrica das 118 cidades da área de concessão, no ano passado. De acordo com o relatório, foram realizadas 65.338 inspeções para detectar adulterações e conexões clandestinas, os populares "gatos". Em Santa Maria, mais de 6 mil inspeções foram feitas, e 1.288 pessoas foram autuadas por irregularidades na rede. O objetivo principal desta ação, segundo a distribuidora de energia, é evitar acidentes com a população com as ligações precárias e que não observam os padrões e normas técnicas. Esse tipo de prática, além de ser um crime, compromete todo o sistema de abastecimento das cidades, uma vez que pode ocasionar falhas e sobrecargas na rede.  

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Segundo o gerente de Serviços de Recuperação de Energia da RGE Sul, Alexsandro da Silva Souza, em 2017 foram intensificadas as ações conjuntas com as delegacias da Polícia Civil. Todos os dias, em média, 40 clientes foram autuados em flagrante pelo furto de energia elétrica na área de concessão da RGE Sul. Mesmo que as ações policiais tenham foco principal os clientes comerciais e empresariais, as operações da distribuidora também abrangem os clientes residenciais, que integram a maior parcela dos clientes ativos.

- Além disso, as ações da gerência incluem o desligamento de ligações em invasões e áreas não regulamentadas pelo poder público. O modelo utilizado atualmente é tão eficiente que é uma questão de tempo para identificar quem frauda ou furta energia elétrica - explica Souza.

COMO SÃO IDENTIFICADOS OS "GATOS"

Além das inspeções de campo, os profissionais trabalham com o cruzamento de dados de consumo e inteligência artificial, que permitem identificar com mais precisão possíveis fraudes. As operações para erradicar a prática do furto de energia são fundamentais para evitar curtos-circuitos que afetam a rede e que, em muitos casos, podem provocar o desligamento e a queima de equipamentos e eletrodomésticos de toda uma vizinhança.

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Ao fazer um gato, o morador coloca em risco a segurança da sua residência e de seus vizinhos, uma vez que os procedimentos na rede são feitos por profissionais treinados e dentro dos padrões e normas técnicas determinadas pelo órgão regulador.

- A ligação clandestina é extremamente prejudicial porque a energia está saindo da rede e chegando até a residência ou comércio de maneira insegura, sem os cabos e medidores corretos. As chances de curtos-circuitos são grandes - afirma o coordenador de Segurança do Trabalho da RGE Sul, Leandro Backes.